OLHO GORDO, FUTEBOL MAGRO

Duas lições de aprendizado foram dadas esta semana para o futebol mineiro e brasileiro.

Inter, campeão da Libertadores, e a permanência de Neymar no Santos.

No caso dos Gaúchos, destaco o planejamento e as ações fora de campo para que o Colorado chegasse ao título.

O Programa sócio-torcedor é um sucesso.

O Inter tem 100 mil sócios e outros 15 mil na fila.

O estádio próprio nem se fala. Já existe desde os anos 70, quando o Beira-Rio foi terminado.

As categorias de base revelam: Giuliano, Taison, Sandro, Rafael Sóbis...

E mais: tino e ousadia nas contratações e manutenção de elenco.

D'Alessandro, o próprio retorno de Sóbis entre outros que estão no grupo há algum tempo, como Índio, Bolívar, Kléber, Alecssandro...

Sem contar que ficou livre do Fossati, que queira ou não, deu uma base para o Roth.

Quanto ao Neymar, O Santos está também de parabéns.

Não ficou apenas sonhando de manhã, de tarde e de noite, com os euros ou dólares estrangeiros.

Elaborou um plano econômico e de marketing para manter o futuro craque.

O atacante teve aumento de salário, prorrogou o contrato e foi aconselhado a ficar.

E olha que o pai do garoto só estava pensando no dinheiro...

Neymar precisa amadurecer. Perto da família, dos amigos e no clube de coração fica mais fácil.

Rico, ele já está. Na Seleção também. Então brilhar na Europa é questão de tempo.

Com isso, poderá ter mais experiência para arrebentar ainda mais em um futuro próximo.

Se fosse no Cruzeiro, já tinha sido vendido no berço da maternidade.

No Atlético, negociado com algum clube português por mixaria.

É muita incompetência.

Não conseguimos fazer um programa decente de sócio-torcedor para os nossos torcedores...

Nossos dirigentes pensam a curto prazo.

Também, só pensam em si, na vaidade própria, em política e são bajulados pelos Conselhos Decorativos(Deliberativos)e pela imprensa vendida.


Por isso, nossos clubes vivem pulando fogueira.

Não ganham nenhum título importante há quase dez anos.

E ultimamente, só contratam reforços de segundo escalão ou que já foram grandes jogadores.