ABAIXO O RACISMO NO FUTEBOL

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Foto:vipcomm.com.br


Peço desculpas aos amigos pela inconstância dos últimos dias.

É que jornalista sem emprego fixo trabalha mais do que quando está empregado.

Porém, não posso deixar de me encontrar com vocês. Esse espaço foi feito para discutirmos o que vai além das possibilidades da grande mídia.

O caso de racismo entre Eli Carlos do Cruzeiro e Máxi Lópes do Grêmio está sendo tratado sem a seriedade devida.
O volante do time mineiro acusa o atacante de chamá-lo de macaco, no primeiro jogo, pelas semi-finais da Copa Libertadores, semana passada, em Belo Horizonte.

Vejo que as declarações do meia Souza, acabou de jogar a discussão de um tema tão importante, no campo das provocações dignas do futebol de várzea.

Disse o jogador:

“No jogo de Belo Horizonte, o menino (Elicarlos) veio falar para mim que tinha sido xingado. E eu disse: vai falar com a polícia, eu não sou da polícia. As pessoas têm que entender que ninguém trata por senhor e senhora no campo. Futebol é para homem, não para menininha”, provocou o gremista, autor do gol de honra do time gaúcho na derrota por 3 a 1".

Kleber em determinado momento defendeu o ex-companheiro de São Paulo:

E Saiu também com esse argumento infame.

"Eu concordo plenamente com o Souza, eu acho que o futebol realmente é para homem, mas isso não é questão de ser homem ou não, é racismo, se é que aconteceu. Eu não acho que isso tem a ver com ser homem ou não ser homem. Eu não tenho nada a falar sobre isso, o Souza tem a opinião dele, eu concordo que futebol é para homem, mas esse termo que ele usou não serve para esse momento”.

Eli Carlos não quis polemizar.

O STJD tem que analisar o caso com cuidado. Provas consistentes com as versões dos dois lados têm que ser colocadas em questão.

Se houve essa manifestação de degradante preconceito, esta, tem que ser punida. Temos que banir a injustiça desse país.

Eu sei que o futebol não é o melhor exemplo de lugar de homens probos e caráter ilibado.

Mas há que cada um fazer a sua parte em seu segmento.

Já vimos casos de acusações de injúria qualificada, como é caracterizado o crime:
De Sábato com Grafitte, Maldonado com Zé Luiz, Wellington Paulo e André Luiz...

Alguém paga com uma cesta básica, dois jogos de suspensão ou fica por isso mesmo, ou se tem alguma decisão diferente não chega na mídia.

O técnico do Tricolor gaúcho, Paulo Autuori prestou depoimento sobre o caso no primeiro jogo, no Mineirão.

Disse que estavam criando um espetáculo em cima de um episódio que não iria dar em nada.

Que não seja desta vez.

O certo é que um clima de tensão está criado. Gaúchos e gremistas do lado do argentino que diz desconhecer a expressão “macaco” como pejorativa e ofensiva.

Vale uma vaga na final da Libertadores, sim.

Mas vale lembrar que antes de ser atleta, cruzeirense ou gremista, advogado ou jornalista,

é preciso que sejamos “humanistas”.

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